segunda-feira, 26 de outubro de 2009

...uma aventura na Mitra

Sábado à noite, encontravamo-nos disponíveis. Ainda não tínhamos propriamente plano mas esperava-se algo bombástico. A hora mudava por isso sabíamos que tínhamos mais uma hora para viver a noite.
Enquanto discutíamos se deveríamos gastar 3€ a ouvir drum&base não podíamos imaginar que depois da Ronda e da caça de estrelas cadentes íamos parar à Mitra!
Brincámos com a Tifa, que parece uma raposa, e divagamos sobre a origem do seu nome (seria de Alcatifa ou da actriz Queen Latifah?). Até que um de nós se lembra das vacas e de como umas estariam a dormir e outras a pastar, e aí decidimos ir espreitá-las. Passámos por um cão preto preso e dissemos lhe adeus amigo com uma festinha porque provavelmente iria ser a última vez que o viríamos.
Tirando o latir dos outros cães que acordaram com a nossa presença e a raive que a galinhas estavam a dar, não se ouvia viva alma. Esta paz de mundo foi quebrada quando passou um carro a alta velocidade e passado menos de dois minutos seguiram-lhe uns dez cavalos... Quelaro que o veterinário ficou preocupado, o que deixou o resto do grupo igualmente a pensar onde é que os cavalos iriam.
O grupo de 5 amigos reuniu-se com a outra colega do membro veterinário e definiu um plano: seguir por dois caminhos, em dois carros diferentes, para os encorrilhar dentro do terreno da propriedade. Lá fomos nós por caminhos de terra e sem luz a não ser a dos faróis do carro.
O que denunciou a localização de um cavalo foi o seu relinchar e realmente, no nosso lado direito ele apareceu, dentro de uma cerca. Mas onde estavam os outros? Com o carro da outra veterinária, ligámos os máximos e apontámos para a outra ponta do terreno e os seus olhos revelaram-os e eles lá começaram a aparecer e aproximarem-se. Os cavalos são animais amistosos e enormes! Podemos respirar fundo. Fim de mais um caso para os Amigos de uma Aventura. Fechámos as cercas até a manhã seguinte porque tinha que se descobrir a quem pertenciam os cavalos. Fomos dormir.
...
No domingo acordei com a seguinte mensagem no telemóvel:
Oi. Olha uma égua "cheia" desapareceu. Cá para mim foi furto. Já se ligou à GNR. Vou dar os vossos números ok? Beijinho e abraço.
Montes de especulações foram feitas durante o dia à procura do bicho e só perto das 17h é que recebemos o telefonema que nos acalmou:
A égua, coitadita, correu para um terreno baldio e caiu no lamaçal, para aí da nossa altura! Passou lá a noite, deve estar cheia de frio e desidratada e só espero que o filhote esteja bem. Estou só aqui à espera de uma escavadora para a tirar a terra daqui e depois vou leva-la para o hospital para a lavar e tratar.


Não há documentação fotográfica deste episódio porque como é normal (e as leis de Murphy apoiam-me nisso) quando algo realmente interessante, bonito e ao mesmo tempo assustador acontece, eu fotógrafa nunca tenho a câmara comigo para o registar.
Obrigada aos 5 amigos que tornaram este história não só real mas divertida.

1 post-it:

Fred disse...

(o teu blog ja deixa comentar!)

Acho que deverias escrever um livro... e tanto uma aventura, como os cinco se adequa ;D

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